Na região saloia esses folhetos teriam conhecido em meados do século passado uma utilização mais expressiva, de que é um delicioso exemplo o folheto de 1952 "Pêro Pinheiro em Festa", programa de uma "revista em 2 actos interpretada por crianças das escolas primárias de Pero Pinheiro, que tão grande êxito alcançou", reproduzido reproduzimos a seguir.
(Muitos dos atores desta peça são certamente ainda vivos, sendo conhecidos muitos dos apelidos da região - Pardal, Janota, Jerónimo, Urmal, Pechilga, etc.).
(*) O que eram os folhetos de cordel?
(...) designação dada às folhas soltas ou folhetos de carácter popular que se penduravam num cordel nas portas das livrarias ou que eram vendidas por vendedores ambulantes. Nessas folhas, que abundaram nos séculos XVI, XVII e XVIII, havia novelas, romances, motes glosados, peças de teatro. (...) O sucesso da literatura de cordel deveu-se ao elevado custo dos livros por oposição ao dos folhetos. (in https://www.infopedia.pt/$folhetos-de-cordel).
(...) gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal.[3] No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.[4]
Em 19 de novembro é comemorado o "Dia do Cordelista", em homenagem ao nascimento de Leandro Gomes de Barros, nascido em 19 de novembro de 1865.[5]
Em setembro de 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil.[6] (in https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel).
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