sábado, 11 de janeiro de 2014

Crime ambiental no Penedo de Cortegaça

Há já alguns anos que o Penedo de Cortegaça vem sendo objecto de crimes ambientais.

A ofensiva foi iniciada na década de 90 do século passado e início deste século, com a exploração clandestina de pedreira, levada a cabo por uma "família tradicional" da Terrugem, que, entre vários "feitos", destruiu a estação arqueológica neolítica do "Penedo da Cortegaça" (5.000 a. C. - 2.000 a. C.).


Na altura alguns moradores de Coutinho Afonso e das Raposeiras denunciaram a situação às autoridades ambientais e conseguiram travar a continuação da exploração. Naturalmente que, de acordo com a legislação já existente na altura, para além da punição dos responsáveis, os danos provocados deveriam ter sido reparados, sendo, nomeadamente, cobertas e florestadas as áreas de pedreira ilegalmente abertas.

As razões de tal não ter sido efectuado nunca foram conhecidas, mas certamente que  as influências da tal família e o compadrio e ou a corrupção das autoridades regionais e locais são a única explicação aceitável.

Mas na actualidade, e aproveitando a degradação provocada anteriormente, os crimes ambientais continuam.

São-no a deposição das lamas residuais das oficinas de cantaria da zona na antiga pedreira, que se vem já traduzindo na contaminação das águas da serra - na proximidade dessa pedreira é já impossível usar a água proveniente de furos ou poços, mesmo para rega, uma vez que as plantas são "queimadas" por essas águas.

 Também a colocação de detritos no interior da pedreira e nos seus acessos se vem acentuando, completando a degradação de uma área extremamente rica do ponto de vista histórico, geológico e paisagístico.




Sobre a riqueza histórica e geológica do Penedo da Cortegaça podem ser consultados neste blogue:

1 comentário:

Sergio Duarte disse...

Esta destruicao foi feita por uma empresa da Terrugem que toda gente conhece, na altura foi um jogo politico e de interesses pessoais e quase ninguem se manifestou, lamentavelmente. Acho e creio que existe uma maior fatalidade ambiental proximo ao Coutinho Afonso, as sucatas que temos antes do ingresso á povoacao de Coutinho Afonso, anos e anos de acidos de baterias e oleos derramados, poluicao visual, poluicao do ar, quando se queima pneus, aumento de criminalidade na zona por influencia das sucatas, ALEM DA PESSIMA PUBLICIDADE, "Onde é que vives, vivo no Coutinho Afonso? Resp. Há, já sei, é ali onde fica o Ferro Velho", enfim uma vergonha para os moradores, para as associacoes locais, para o poder local e municipal, até porque existe legislacao que obriga ao desaparecimento ou acondicionamento dos sucateiros com respectivas infraestruturas. Parabens pelo Blog, Sergio Duarte