terça-feira, 16 de julho de 2013

Algueirão - o estacionamento das bestas

Há por aí uns anormais citadinos/urbanos (urbanoides?) que não têm a mínima das "pintas" para viver perto de pessoas normais, civilizadas, daquelas que foram educadas com "E" maiúsculo, enfim do vulgo "cidadão".

São as bestas que metem os seus carinhos sobre os passeios que são usados pelos tais vulgares cidadãos; claro que eles não usam esses passeios, já concluímos que não foram educados/treinados para tal; provavelmente arrastam-se, salteiam pelo meio das estradas, confundindo/fundindo-se com os seus tais carrinhos. Vede bem:


Mas depois também há (?) o agente da autoridade (ainda existirão e se chamarão assim?). Pois, nesta raça parece que também já houve miscigenação com as tais bestas, uma vez que todos os dias certamente se cruzam com as tais aberrações e os deixam impunes (provavelmente ainda lhes dizem "bom dia, minha cara besta"...).

domingo, 14 de julho de 2013

Poços de água perigosos

Na  vertente sul da serra de Coutinho Afonso, em especial próximo da povoação das Raposeiras, verifica-se a existência de alguns poços da água que são perigosos para as populações, uma vez que não se encontram vedados nem sequer sinalizados.

Veja-se este exemplo:


Mas as boas práticas também existem, e eram estas que imperavam até há poucos anos atrás - existia uma espécie de ética, de conduta social universal que impedia que alguém abandonasse uma poço nas condições do que vimos atrás.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O meu avô Eleutério

O meu avô materno Eleutério Sebastião nasceu em Cortegaça em 20 de fevereiro de 1902, filho de António Sebastião Angelino e de Eufémia Maria.



Veio a casar com a minha avó Joaquina Antunes, de Coutinho Afonso, em 23 de abril de 1927. Do casamento nasceram quatro filhos: Eduardo, António, Maria de Jesus e Jesuína.
O meu avô  Eleutério Sebastião era Carreiro e trabalhava numa empresa de transformação de mármores/serração, propriedade de um Vistas. O seu trabalho era fazer o transporte de materiais para a serração de pedra numa carroça puxada por bois.

No dia em que faleceu, tinha ido durante a madrugada à Praia de Magoito ou à de S. Julião carregar areia. No regresso, cerca das 05H00, na descida de Morelena/Pero Pinheiro, na direção de Pero Pinheiro, quando travava a carroça, ter-se-á inclinado demasiado a manobrar o travão (manivela) e o seu casaco/capa prendeu-se numa das rodas, arrastando-o para debaixo do carro de bois.


Terá falecido no hospital de S. José no próprio dia do acidente, 13 de Dezembro de 1936.

Deixou a minha avó Joaquina com três crianças, mais uma ainda não nascida:
 O meu tio Eduardo do lado direito do fotografia, a minha mãe ao cento e o meu tio António à esquerda; na barriga da minha avó a minha tia Jesuína.

A minha mãe tinha 5 anos, não foi certamente fácil


Mas da vida da tropa do meu avô Eleutério também existem elementos curiosos.

Foi alistado em 25 de setembro de 1922 para servir até aos 45 anos de idade pertencendo ao contingente de 1922.

Assentou praça em 12 de janeiro de 1923 e saiu em 22 de maio de 1924. Apresentou-se a última vez (na Granja do Marquez) em maio de 1936.













sábado, 6 de julho de 2013

A água em Coutinho Afonso

Nos tempos em que Coutinho Afonso não tinha água canalizada - o abastecimento de água foi concretizado pouco tempo antes do 25 de Abril -, a sua recolha era feita na fonte de mergulho, na "bica" do antigo lavadouro ou em poços particulares.

 
 

Depois de transportada, geralmente em bilhas de barro, era necessário armazena-la nas casas. Na casa da minha avó o reservatório principal da água para consumo era esta magnífica vasilha (fala-lhe a torneira):


 

O trabalho na pedra em Coutinho Afonso

Coutinho Afonso insere-se geograficamente no que se pode designar de "área dos mármores de Pero Pinheiro".

Para além do trabalho na agricultura, o "trabalho na pedra" era (e ainda o é em certa medida) o ganha-pão dos homens, que trabalhavam nas serrações de Cortegaça, Morelena, Palmeiros, Fação, Pero Pinheiro.

E essas serrações eram também escolas de formação: ao longo dos anos, quando a emigração era a única saída para uma vida dura, de exploração e miséria, era o ofício da pedra que proporcionava a saída para a emigração.

Os canteiros de Coutinho Afonso trabalharam em muitas das grandes obras deste país mas também pela Europa fora; da minha família, por exemplo, os meus tios trabalharam nas obras do santuário de Fátima e um deles deu o salto para Paris.

Mas Coutinho Afonso deu à luz  muitos outros artistas canteiros - Joaquim Pechilga, na vertente da arte estatutária foi um deles, com excelentes obras reconhecidas e espalhadas pelo país - ver http://coutinho-afonso.blogspot.pt/2009/05/pedra-e-arte-de-bem-talhar-2-cadernos.html

É possível ainda hoje ver por Coutinho Afonso bons exemplos do trabalho da pedra, de elementos de cantaria nas construções, a outras "cantarias funcionais":



Rossio de Coutinho Afonso finalmente desocupado

No passado dia 01 de Maio publicamos aqui a resposta dos serviços dos SMAS de
Sintra acerca do estaleiro/barraca que invadiu o Rossio de Coutinho Afonso desde o início de 2012.
  
Eis a resposta:
 
 
Relativamente à reclamação/petição apresentada por V. Exa. em 17/02//2013, e após diligências efetuadas junto do SMAS - Serviços Municipalizados de Águas de Sintra, cumpre informar que, no que se refere ao estaleiro, a sua instalação no local enquadra-se no âmbito da empreitada Prolongamento de Redes no Concelho de Sintra – 2012, sendo que se prevê a sua conclusão em Outubro de 2013, data em que será efetuado o levantamento do mesmo.
 
 A sua existência anterior a Setembro 2012 está relacionada com outra empreitada levada a cabo pelo referido serviço, a qual já se encontra concluída.
 
Certos da sua compreensão, agradecemos a oportunidade de colaboração dos munícipes para se ver prestado um melhor serviço pela Autarquia, alertando-nos para problemas que se vêem.


Bom, mas não é que no fim da semana passada fomos alertados para movimentações no largo do Rossio, que se tratavam exatamente de desmontar todo o "estaleiro", incluindo a tal barraca/contentor?




Ainda bem, diremos todos, os SMAS lá tiveram um rasgo de consciência perante ao abuso que foi a ocupação de um baldio de Coutinho Afonso para obras que nem sequer ainda pouco mais são que "virtuais"; e ainda por cima com um "qualidade" de estaleiro, que upa upa...

Mas também não podemos de pensar no raio de desorganização que vai por esses lados - em Maio garantiam que pelo menos até Outubro tínhamos de conviver com o mamarracho no meio da povoação, depois, subitamente, em Junho, vem tudo abaixo.

Bem, agora ficamos finalmente com todos as condições para o cumprimento da promessa do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins para a construção do tal parque de merendas.

E o Sr. Presidente foi mesmo logo informado destas últimas movimentações, tendo feito uma rápida deslocação ao local. Só que entretanto foi agendada uma nova visita já com os moradores mas que ainda não foi concretizada.


Mas oh Sr. Presidente, o largo do Rossio aí está, grandioso, bonito, disponível; se quiser fazer o tal parque de merendas, nós apoiamo-lo - o que necessitamos é que o espaço seja dignificado, basta que seja limpo e que o possamos, nós e os que nos visitam, usar para lazer; claro que é necessário demarcá-lo bem ou mesmo vedá-lo; é que há lá umas terras que têm perninhas e vão descendo, descendo e ocupando o baldio... Conte connosco!